Friday, June 1, 2007

Tempos Modernos


Vejam um trecho deste filme que, de forma caricata, retrata as problemáticas abordadas na obra de Rifkin.

Tempos Modernos

Wednesday, May 16, 2007

"O Fim Dos Empregos"

Resumo da obra "O Fim Dos Empregos"


O Fim dos Empregos, Jeremy Rifkin


Revolução radical das tecnologias de informação e comunicação transformam a sociedade actual; “A vida como a conhecemos está sendo alterada de modo fundamental” (Rifkin)


· Primeiros desenvolvimentos tecnológicos → Substituíam a força muscular por máquinas;
· Nova vaga de desenvolvimento da tecnologia → Prometem substituir a própria mente humana, colocando máquinas inteligentes no lugar dos seres humanos.

Hoje em dia, categorias inteiras de trabalho foram já reduzidas, reestruturadas ou desapareceram – Novas Tecnologias traduzem – se em maior produtividade, maiores lucros e menos empregos.

No passado, quando as novas tecnologias substituíam os trabalhadores num determinado sector, novos sectores surgiam para absorver essa unidade de trabalho (foram surgindo, desta forma, os três sectores base de emprego – primário / secundário e terciário). Actualmente, não surgiu nenhum sector de trabalho suficientemente amplo e significativo para absorver a força de trabalho excedente dos sectores base.


“Só nos Estados Unidos, isto significa que nos próximos anos, mais de 90 milhões de empregos, de uma força de trabalho de 124 milhões de pessoas, estão seriamente ameaçados de serem substituídos por máquinas” (Rifkin)


A Terceira Revolução Industrial


O autor sugere o aparecimento de uma terceira Revolução Industrial.

1º Revolução Industrial (Século XVIII): A máquina a vapor substituí o trabalho do homem (excedia o poder do trabalho dos homens e dos animais)
2º Revolução Industrial (1860 e a Primeira Guerra Mundial): electricidade como fonte de energia
3º Revolução Industrial (após a Segunda Guerra Mundial): era das “máquinas inteligentes”

Com a 3º Revolução Industrial, os computadores desempenham tarefas cada vez mais complexas, alterando os conceitos de individualidade e sociedade. (Segundo o autor é previsível que, dentro de pouco tempo, os computadores superem o raciocínio de uma mente humana média.)
Mas, os computadores surgiram com o objectivo de ajudar o homem e de facilitar as suas tarefas. Contudo, podem ser muitas as suas desvantagens.
O aparecimento do computador programável na década de 50 veio acelerar a automação do processo de produção das fábricas (conceito de “fábrica automática”).
Esta situação provocou um elevado número de despedimentos (cerca de 1,5 milhões), nos EUA, entre 1956 e 1962.

Os mais prejudicados com esta situação foram os afro-americanos. Estes, que se encontravam maioritariamente no sul do país e trabalhavam na agricultura, rapidamente viram o seu trabalho a ser substituído por máquinas. Perante esta situação viram-se forçados a mudarem-se para as regiões do norte dos Estados Unidos, onde desempenhavam cargos nas fábricas que não exigiam qualificações. Em 1950 com a automação da fábrica os trabalhadores menos qualificados foram os primeiros a ser despedidos, deixando os trabalhadores afro-americanos novamente sem trabalho.
Esta situação correspondeu a uma desintegração da família negra, que até hoje não foi totalmente resolvida.

Preocupado com esta situação e os elevados índices de desemprego, o governo americano propôs-se debater os perigos do desemprego tecnológico. Concluiu-se que o desemprego era um “mal necessário” se se quisesse continuar a apostar na substituição do trabalho do homem pelo da máquina, e em meados dos anos 60 o debate tinha arrefecido.


Declínio da força de Trabalho Global


A substituição da mão-de-obra humana pelas máquinas é uma realidade no sector agrícola e nas indústrias automóvel e siderúrgica, entre outras.


● Na agricultura, as máquinas cada vez mais avançadas tornam obsoletas as mãos dos agricultores e a aplicação da engenharia genética torna possível o cruzamento de espécies diferentes e a criação de alimentos em laboratórios, dissociados das condições climatéricas, das mudanças de estação e do solo. Estas transformações vão conduzir ao fim da agricultura ao ar livre e dar lugar exclusivo às culturas de laboratório. Vão também trazer, de acordo com o autor, consequências imprevisíveis para os 2,4 biliões de pessoas que vivem da terra nos EUA.


● Nas indústrias automóvel e siderúrgica o cenário afigura-se igualmente catastrófico. A linha de montagem instalada primeiramente por Henry Ford está cada vez mais automatizada. Os especialistas no ramo esperam que as novas tecnologias possibilitem a construção de um veículo em apenas oito horas. A área da siderurgia, “coração e alma do poder industrial” (Rifkin, 1994) segue o mesmo caminho que a indústria automóvel. Um exemplo ilustrativo da situação, referido no livro, é o da United States Steel, a maior empresa siderúrgica do país, que despediu 100 mil trabalhadores entre 1980 e 1990.


● As indústrias têxtil e electrónica são mais alguns dos casos onde o problema dos despedimentos em massa em prol de uma produção muito mais rápida está a tomar medidas drásticas.


E o que têm feito os EUA para combater o número de desempregados? Segundo Rifkin, é o sector de serviços que tem absorvido as perdas de empregos nas indústrias durante mais de 40 anos. Mas até esta alternativa está agora ameaçada pelas TIC, que têm vindo a invadir o sector. As novas tecnologias já realizam o trabalho de um (a) secretário (a), de um(a) recepcionista e mesmo de um caixa de hipermercado. Companhias de seguros, bancos e até mesmo lojas de música já dão preferência aos chamados “colarinhos de silício” em detrimento dos “colarinhos brancos”. Todos estes casos levam a uma interrogação óbvia: mas será que os líderes dos ramos não se preocupam com o aumento de desempregados? A verdade é que o sucesso de uma empresa é visto pelos lucros, não pelo número de trabalhadores. E as novas tecnologias providenciam exactamente isso. Mais dinheiro, mais produção em muito menos tempo e menos salários para pagar ao fim do mês.
Até o mundo das artes está a sofrer alterações face à entrada das TIC no seu universo. Romances escritos por PCs equipados com inteligência artificial e sintetizadores na música são alguns dos exemplos da crescente onda electrónica.

Os líderes das empresas e a maior parte dos economistas continuam a afirmar que os enormes avanços tecnológicos da 3.ª Revolução Industrial tiveram um efeito “mágico”, reduzindo o custo dos produtos, estimulando o consumidor e novos mercados, colocando cada vez mais pessoas a trabalhar, com salários mais altos, em novas funções e em sectores de alta tecnologia. No entanto para os operários esta “magia” não traz benefícios.

Enquanto a primeira onda da automação teve o seu impacto maior sobre os operários, a nova revolução da reengenharia está a começar a afectar a classe média.

Duas Américas estão ou já surgiram. A revolução da alta tecnologia está a agravar as crescentes tensões entre ricos e pobres, que dividirão ainda mais a nação em dois campos incompatíveis e conflituantes. Os sinais de desintegração social estão em toda a parte. Os ricos estão cada vez mais ricos e vivem lado a lado com os pobres, que estão cada vez mais pobres.

As novas tecnologias da informação são desenvolvidas para remover qualquer controle que os trabalhadores ainda exerçam sobre o processo de produção, com a programação de instruções detalhadas directamente para a máquina, que as cumpre passo a passo.
O cansaço físico gerado pelo ritmo acelerado da antiga economia industrial está a ser superado pela fadiga mental gerada pelo ritmo do nanossegundo da nova economia da informação. – O que leva a Problemas de saúde, homicídios…

“Além das condições de trabalho em instalações reestruturadas e automatizadas estarem a aumentar o stress, a mudança da natureza do trabalho, também está a contribuir para a insegurança económica. Muitos trabalhadores já não conseguem encontrar emprego a tempo inteiro e estabilidade a longo prazo.”

Os americanos, talvez mais do que qualquer outro povo do mundo, definem-se a si próprios em relação ao seu trabalho. O conceito de ser um cidadão “produtivo” está tão enraizado no carácter da nação, que quando subitamente é recusado para um emprego, a sua auto-estima certamente afundará.
· Desmotivação
· Homicídio
· Assassinato de colegas e patrões

Os efeitos da 3.ª RI estão a ser sentidos em todo o mundo.


Soluções Para o Futuro

Em finais do século passado, os sectores público e privado tinham cada vez menos vagas disponíveis. Nesse sentido, surgiu o terceiro sector, também conhecido por sector independente, que inclui os trabalhadores por conta própria. Este ramo está em expansão e tem vindo a colmatar as falhas dos outros sectores.

Tuesday, April 10, 2007

Tuesday, March 6, 2007

Jeremy Rifkin


Modernidade Tardia ou Pós-Modernidade??

Modernidade Tardia ou Pós – Modernidade

Século XX

“Boom” no universo mediático

Atenuação dos conceito espaço / tempo → Aldeia Global

“Vivemos hoje num mundo de grandes paradoxos: (…) passámos da época da certeza para uma época de imprevisibilidade”

1. Ambiguidade das novas tecnologias
2. Final das Metanarrativas


Sujeito Moderno
VS. Sujeito Pós - Moderno


Sujeito Moderno = "Um indivíduo racional, autónomo, centrado e estável", o chamado reasonable man (Mark Poster)
Sujeito Pós-Moderno = “Um indivíduo descentrado, não linear,
fluído, definido pelo desejo de liberdade” (Sherry Turkle)




Modernidade Tardia
"(...) a Modernidade pode ser defendida e mesmo alargada."
  • Giddens
  • Touraine
Pós-Modernidade
"(...) existe todo um conjunto de transformações epistemológicas, sociais e políticas que nos permitem falar de uma Pós-Modernidade (...)"
  • Boaventura Sousa Santos